quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Opções do encenador

Chegámos a planear um orçamento dos engradados, depois de planearmos aquelas que seriam as melhores medidas para os mesmos.

No entanto, esta proposta não foi avante, devido à sua complexidade e sobretudo à escassez de tempo. Pensámos então em substituir os engradados por uma cortina que estaria suspensa e aquando a mudança de cena, cairia até à boca de cena. Mas mais uma vez, seria bastante complicado conseguir o efeito que desejávamos, isto é, a flanela teria que ficar totalmente esticada quando descesse, sendo que teria na mesma os “recortes” dos círculos – para isso, precisaria de um sistema de peso, o que deixava de permitir que estivesse enrolada antes de cair.

Posto isto, voltámos a insistir na proposta da mudança de cena realizar-se com os actores a trocar de figurinos atrás dos plásticos nas paredes.

Mas entretanto, o encenador já experimentava outras alternativas nos ensaios, como a disposição de parte dos actores de frente para o público, tocando instrumentos, enquanto os restantes por trás arrumavam os objectos do cenário, para que este ficasse mais limpo, como era pretendido desde sempre para Ionesco. A mesa pequena que suportava a televisão teve que sair de cena por questões de visão do público, e simultaneamente tivemos que procurar arranjar uma nova televisão, pois teria mesmo que funcionar.

A impossibilidade de uma mudança de cena que não fosse demorada permanecia e começou a pensar-se na hipótese de haver um intervalo.

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